Ah, Chico, perdoe-me pela heresia…mas é Carnaval!
Ela: Quem é você?
Ele: Adivinha, fui eu que te fiz!
Criador e criatura
Procuram sair da zona escura
Dialogando assim:
Ela: O que quer você? Diga logo
Que eu quero saber o seu jogo
Que eu quero o poder do seu bloco
Mas não quero morrer com seu fogo!
Ele: Eu já fui torneiro,
Presidente e Doutor!
Ela: Meu mandato inteiro
Só falam do senhor!
Ele: É qu’eu tenho experiência!
Ela: E eu, a minha visão!
Ele: Ajo por conveniência…
Ela: Não tenho apoio, não!
Fui (re)posta no cargo,
Mas não sei como tocar!
Ele: Eu tenho certeza:
Nasci pra governar!
Ela: Eu sou tão turrona…
Ele: Ah, meu tempo voltou!
Ela: Só que eu sou a Presidenta!
Ele: E eu quero ser seu sucessor!
Ela: Mas é Carnaval!
Não me venha mais com seu querer!
Antes que tudo volte ao (a)normal,
Deixa a festa rolar,
Pode o povo esquecer!
E se a corda apertar-me o pescoço
Da maneira que você bem quer
Não adianta insistir, não me vou!
Seja você quem for,
E nem se Deus quiser!
Seja você quem for,
E nem se Deus quiser!
N.A.: Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com personagens da vida (sur)real brasileira terá sido fruto da sua própria imaginação!