A mão que, um dia,
Operou o torno mecânico
Empunhou a bandeira dos trabalhadores
Brandiu o microfone contra corruptos e corruptores
Aplaudiu o movimento popular
É a mesma mão que, anos mais tarde,
Aparou barba, cabelo e discurso
Assinou uma certa Carta ao Povo Brasileiro
Afagou a cabeça do mercado financeiro
Espalmou as costas dos outrora desafetos políticos
Lavou-se das indicações e amigos que pela vida deixou
E, hoje, cumprimenta a velha raposa
A quem acaricia enquanto (e em quanto) lhe deseja apunhalar
Talvez tenha chegado a hora
De essa mão se aposentar
Postar-se à janela
E de lá, quando muito, acenar
Ao ver a banda passar
Para que a República Democrática que ela própria um dia cortejou
Possa se reencontrar e refazer-se do golpe que levou
Nos caminhos pelos quais se enfraqueceu
Quando na soberba tropeçou
Chris, estou impressionada com teu estlio de escrita. Quanto talento escondido!!!! Voce faz poesia com ideologia!!! Amei.
Por favor continue escrevendo!!!
Beijo, Ahuva
Que delícia, Ahuva! Suas palavras, para além da generosidade e gentileza, servem como um grande estímulo para que eu alimente essa que é uma grande paixão e que me faz tão bem. Muito obrigada! Beijos, Chris
Chris, querida!! Amei seu blog!!! Consigo sentir a sua paixão pela escrita!! Me cadastrei para seguir seu blog!
Beijão!
Adorarei ter sua companhia por aqui, Tati! Desenvolveremos juntas, pelas ondas virtuais, nossa paixão pelas palavras – lidas e escritas! 😉 Muito obrigada pelo carinho! Beijos, Chris